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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Defender o direito fundamental da liberdade religiosa, exorta o Papa

Vaticano, 04 Mai. 11 / 04:20 pm (ACI/EWTN Noticias)

Em uma mensagem dada a conhecer hoje enviado a Mary Ann Glendon, Presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais, o Papa Bento XVI alentou a defender e promover o direito humano fundamental à liberdade religiosa e de culto.

No texto enviado por ocasião da 17ª assembléia plenária do mencionado dicastério cujo tema é "Os direitos universais em um mundo de diversidade: o caso da liberdade religiosa", o Papa escreve que este direito é ameaçado atualmente "por atitudes e ideologias que impedem a manifestação livre da religião".

"Em conseqüência, é preciso reagir, defendendo e promovendo o direito à liberdade religiosa e de culto", exorta.

"Como o homem goza da capacidade de escolher livre e pessoalmente a verdade, e posto que Deus espera do ser humano uma resposta livre a sua chamada, o direito à liberdade religiosa deve ser considerado como inato à dignidade fundamental de toda pessoa humana, em conexão com a abertura natural do coração humano a Deus".

De fato, precisa o Papa, "a autêntica liberdade de religião permite à pessoa humana obter sua realização e assim contribuir ao bem comum da sociedade".

Seguidamente Bento XVI ressalta que "cada estado tem o direito soberano de promulgar sua própria legislação e de expressar diferentes posturas para a religião no direito. De fato, há alguns estados que permitem uma ampla liberdade religiosa em nossa compreensão do termo, enquanto que outros a limitam por uma série de razões, entre elas a desconfiança na religião".

"A Santa Sé segue fazendo insistência no reconhecimento do direito humano fundamental à liberdade religiosa por parte de todos os estados, e os insiste a respeitar, e se for necessário proteger as minorias religiosas que, embora professem uma religião diferente da maioria, aspiram a viver com seus cidadãos pacificamente e a participar plenamente na vida civil e política da nação, em benefício de todos", conclui.

Mary Ann Glendon, Presidente da Pontifícia Academia de Ciências Sociais deu uma conferência de imprensa na que explicou que os trabalhos da assembléia tiveram quatro áreas principais:

A coerção estatal e a perseguição dos crentes; as restrições estatais à liberdade religiosa das minorias; a pressão social sobre as minorias religiosas que podem ou não ser sancionadas pelo Estado, mas que entretanto limita as liberdades dessas minorias; e "o crescimento do fundamentalismo secular nos países ocidentais, que considera os crentes uma ameaça à política secular, democrática liberal.

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