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segunda-feira, 9 de maio de 2011

Jamais ceder ao hedonismo ou ao materialismo no anúncio de Cristo com esperança, pede o Papa

Vaticano, 08 Mai. 11 / 06:22 pm (ACI/EWTN Noticias)

Na homilia da Missa que presidiu este domingo no Parque São Giuliano em Veneza (Itália), o Papa Bento XVI exortou a "não ceder jamais às recorrentes tentações da cultura hedonística e aos chamados do consumismo materialista" ante a imensa tarefa de anunciar com esperança a Cristo a todo mundo.

Em sua reflexão sobre o Evangelho dos discípulos de Emáus, o Santo Padre explicou que este episódio "mostra as conseqüências que Jesus ressuscitado realiza nos discípulos: conversão do desespero à esperança; conversão da tristeza à alegria; e também conversão à vida comunitária".

"Às vezes, quando se fala de conversão, pensa-se unicamente a seu aspecto fatigante, de desapego e de renúncia. Por outra parte, a conversão cristã é também, e sobre tudo, fonte de gozo, de esperança e de amor. Ela é sempre obra de Jesus ressuscitado, Senhor da vida, que nos obteve esta graça por meio de sua paixão e que nos comunica isso com a força de sua ressurreição".

Conforme informa a Rádio Vaticano, o Papa recordou que hoje como no passado, "também é necessário falar da esperança cristã ao homem moderno, oprimido, não raramente, pelos vastos e inquietantes problemas que colocam em crise os fundamentos de seu próprio ser e agir".

“E, no entanto, hoje esse ser de Cristo corre o risco de esvaziar-se da sua verdade e dos seus conteúdos mais profundos corre o risco de reduzir-se a um cristianismo no qual a experiência de fé em Jesus crucificado e ressuscitado não ilumina o caminho da existência, como ouvimos a propósito dos discípulos de Emaús, que após a crucifixão de Jesus, voltavam para casa imersos na dúvida, na tristeza e na desilusão", assinalou o Pontífice.

Ante o "problema do mal, da dor e do sofrimento, o problema da injustiça e do atropelo, o medo aos outros, aos estranhos e aos que de longe chegam até nossas terras e parecem atentar contra aquilo que somos" deve fazer que cada um se deixe "instruir por Jesus: acima de tudo escutando e amando a Palavra de Deus, lida no Mistério Pascal, para que inflame nosso coração e ilumine nossa mente, ajude-nos a interpretar os acontecimentos da vida e a dar-lhes um sentido".

"Logo é necessário sentar-se à mesa com o Senhor, converter-se em seus comensais, para que sua presença humilde no sacramento de seu Corpo e de seu Sangue nos restitua o olhar da fé, para olhar tudo e a todos com os olhos de Deus, e a luz de seu amor. Permanecer com Jesus que permaneceu conosco, assimilar seu estilo de vida entregue, escolher com ele a lógica da comunhão entre nós, da solidariedade e do compartilhar".

Depois de destacar que os discípulos de Emaús logo depois de reconhecer o Senhor sentem a necessidade de anunciá-lo e logo depois de alentar os esforços pela nova evangelização e o testemunho de Cristo que devem dar os católicos, o Papa advertiu sobre desafios que os povos tradicionalmente católicos enfrentam.

"Sei como foi e continua sendo grande o compromisso de vocês em defender os perenes valores da fé cristã. Encorajo-os a jamais cederem às costumeiras tentações da cultura hedonista e às evocações do consumismo materialista".

"Acolham o convite do apóstolo Pedro, contido na segunda leitura de hoje, a comportar-se ‘com temor durante o tempo de sua peregrinação’: convite que se concretiza em uma vida vivida intensamente nas ruas de nosso mundo, na consciência da meta a alcançar: a unidade com Deus, em Cristo crucificado e ressuscitado".

O Papa ressaltou que "nossa fé e nossa esperança estão dirigidas a Deus: dirigidas a Deus porque radicadas nele, fundadas sobre seu amor e sobre sua fidelidade. Nos séculos passados, suas Igrejas conheceram uma rica tradição de santidade e de generoso serviço aos irmãos graças à obra de vigorosos sacerdotes, religiosos e religiosas de vida ativa e contemplativa".

Depois de alentar a prosseguir os esforços de solidariedade para com os imigrantes, o Papa recordou os testemunhos de diversos Santos venezianos como São Pio X e o Beato João XXIII.

"Estes luminosos testemunhos do Evangelho são a maior riqueza de seu território: sigam seus exemplos e seus ensinamentos, conjugando-as com as exigências atuais. Tenham confiança: o Senhor ressuscitado caminha convosco ontem hoje e sempre", concluiu

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