Quando, em 1º de Maio próximo, João Paulo II for beatificado pela Santa Madre Igreja, católicos à gauche decerto não acompanharão o evento, já que se comemora, na mesma data, o dia do trabalho. Por onde andarão os tais católicos à gauche? Nas tradicionais barulheiras que a CUT ou a Força Sindical promovem anualmente? Militando sob a bandeira do PT, do PcdoB, do PSOL? Ou talvez arruaçando com o MST? Vamos combinar: é claro que os católicos à gauche engrossarão essas fileiras socialistas, todas elas! A beatificação de Wojtyla pouco representa para aqueles a quem o papa polonês combateu durante seu pontificado. O esquerdismo católico é ressentido.
Os Jesuítas – A Companhia de Jesus e a Traição à Igreja Católica, do Pe. Malachi Martin, é leitura obrigatório para os que tencionam compreender o legado do pontífice polonês. Malachi Martin, sacerdote da Companhia de Jesus, conhecia profundamente as intimidades do Vaticano[1]. Segundo Martin, João Paulo II travou combate vigoroso contra Pedro Arrupe, o superior dos Jesuítas, a ordem que originalmente servia ao Papa e aos interesses da Igreja, mas que, sob as ordens de Arrupe, deu nascimento à Teologia da Libertação, espalhando doutrinação essencialmente marxista através da América Latina. João Paulo II foi realmente talentoso! Sobreviveu não apenas aos disparos de Mehmet Ali Agca, mas também conseguiu conter parcialmente a Teologia da Libertação. Segundo relatam seus biógrafos, a atuação política de Wojtyla mostrou-se absolutamente necessária para a queda do comunismo no leste europeu.
Os católicos à gauche escolherão a CUT, o PT ou o MST, assim como escolheram sempre Fidel e não João Paulo II.
[1] Malachi Martin foi secretário do cardeal Augustin Bea.
Site do autor: http://www.gabrielviviani.com/
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